Glêde Oliveira - Foto acervo pessoal
Nasceu em 30 de agosto de 1947, no bairro São Domingos, em Bagé. Filha de Júlio Souza e Maria Costa Souza. Cabeleireira aposentada, produtora rural, na localidade de Rodeio Colorado, interior da Rainha da Fronteira. Integra o grupo União das Artes. Começou sua história no campo da literatura, participando de um concurso literário instituído pela Casa Masson, nos anos oitenta, em Porto Alegre, com o título de ”O papel da mulher na Revolução Farroupilha”. Seu trabalho intitulado ”Mulher Gaúcha", lhe rendeu um livro e um diploma, assinado por Antônio Augusto Fagundes, Barbosa Lessa, Elma Santana, Marilene Garcia Machado e Diva Ione Silveira. Na verdade, esse trabalho foi uma resposta ao compositor Davi Menezes Júnior, quando escreveu a música “Morocha”. Em certa altura a composição dizia: “mulher para mim é como redomão, maneador nas patas e pelego na cara” e “senta e te arrepende"... Isso mexeu com seus brios e imediatamente deu a resposta... Entre os tantos lugares em que Glêde Oliveira se apresentou podemos destacar o 8º Encontro de Mulheres Dirigentes Sindicais, quando representou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bagé, e a Regional Fronteira, conquistando o primeiro lugar, em evento realizado pela Fetag em Porto Alegre. Em 2014, representando o Centro Nativista Gaspar Silveira Martins participou da entrega do Troféu Mulheres Destaque, organizado pelo Cobame, oportunidade em que emocionou os presentes com a declamação da poesia “Mulher Gaúcha”. A iniciação da divulgação de Glêde Oliveira como poetisa, começou com um pequeno ensaio intitulado ”Manancial de Sonhos" (1989). Posteriormente, incentivada por Gesner Oliveira Carvalho e sua companheira Elza Maria Steinhorst, escreveu o livro ”Manancial de Emoções" (2010). Surgiu, em seguida, o terceiro trabalho, em homenagem à sua cidade, intitulado ”Bagé no Coração” (2013). Nessa obra, a autora fez uma parceria com o radialista Waldir Sudbrack, que declamou os poemas com o acompanhamento de belíssimos temas musicais. Em julho de 2016 doou centenas de exemplares da publicação para os estabelecimentos de ensino de cidade, envolvendo os alunos, que foram convidados a realizar trabalhos baseados nos poemas escritos pela autora. Glêde Oliveira é poetisa que não renega assunto para produzir seus poemas, mas tem preferência por temas gauchescos, mais próximos de sua ascendência e ligados aos caminhos percorridos e experiências junto a pessoas ligadas às lides campeiras. Sobre este tema escreveu, além de ”Mulher Gaúcha”, os seguintes poemas: “Mulheres do pampa”, “Velho Umbu”, “Quando afloram lembranças”, “Meu pago”, “Cavalgada heróica”, “Guri de Campanha”, “Minha morada no campo” e “Mulheres do pampa”, entre outros. Glêde Oliveira foi casada com Cláudio Goulart, com quem teve três filhos. Depois, em segunda núpcias com Danilo Figueira Oliveira (in memorian), com quem residiu por anos na Chácara “Manancial”, no Rodeio Colorado, reduto que serviu de inspiração para a composição de várias de suas poesias.
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