segunda-feira, 25 de junho de 2018

ROMEU VALTRICK

Romeu Waltrick - Foto acervo Ana W. Ribas


Romeu Amarante Waltrick, filho de Henrique Oliveira Waltrick e Adalgisa Amarante Waltrick, nasceu a 11 de setembro de 1924, em Painel, Santa Catarina, sendo o décimo-primeiro entre 12 irmãos. Foi o único filho a sair de Santa Catarina, vindo servir o exército em Porto Alegre, em 1942. Por um tempo, prestou serviço de topografia em uma firma construtora de estradas em Hulha Negra, na época, Rio Negro. Retorna a Porto Alegre após o término da obra e, novamente, vem para Hulha Negra prestar serviços de topografia em uma mina de carvão por meio do DACM (Departamento Autônomo de Carvão Mineral).
Em 1950, casa com Cecy Madeira Waltrick, filha de Justino (Tino) Madeira e Leontina Dourado Madeira, ele produtor rural e comerciante de carnes na localidade.
Seu trabalho como topógrafo foi muito reconhecido por sua capacidade técnica e dedicação, tendo atuado nos municípios de Bagé, Caçapava do Sul, Lavras do Sul, Pinheiro Machado, Dom Pedrito, tanto na medição de campos propriamente dita, como no nivelamento de lavouras de arroz.
Durante o período em que residiu na Hulha Negra foi muito atuante como líder, tendo sido o primeiro presidente da comissão pró-construção da Igreja da Paróquia de São José nessa localidade.
Junto com outros representantes locais, entre eles, o saudoso capitão Hugo Canto, liderou o primeiro movimento emancipacionista de Hulha Negra.
Foi o responsável pela demarcação dos lotes da Colônia Salvador Jardim, iniciada em 14/03/1964, quando 23 famílias se tornaram proprietárias, adquirindo as terras da empresa Guaibarroz, cujo principal proprietário era o Sr. Nestor de Moura Jardim, dando o nome de seu pai à nova colônia. Consta numa publicação da época dos 25 anos de formação da colônia que Romeu Waltrick, além de realizar os serviços de topografia, foi um grande incentivador desse empreendimento.
Em 1963, transferiu residência para Bagé, para dar continuidade aos estudos de seus filhos, continuando a prestar serviço como autônomo e também para a Prefeitura Municipal de Bagé. Seu trabalho era reconhecido como de extrema confiabilidade, atuando também como perito para o Fórum de Bagé.
Após a aposentadoria, continuou trabalhando com a mesma disposição, só interrompendo suas atividades com idade avançada, quando apresentou limitações pela saúde já abalada. Seu último trabalho foi a confecção do mapa da localidade de São Martim, delimitando a área de abrangência da Estratégia da Saúde da Família, talvez para deixar marcado o trabalho desenvolvido por sua filha, doutora Ana Luiza Waltrik Ribas, nessa comunidade durante 15 anos.
Morreu em 15 de julho de 2006, prestes a completar 82 anos de idade, deixando os filhos Ana Luiza Waltrik Ribas e Justino Henrique Madeira Waltrik; e os netos Rodrigo, Fernanda e Ricardo Waltrik Ribas, Mariana Goulart Budó Waltrik Dias e Eduardo Goulart Budó Waltrik.

Fonte: 
Revista Comemorativa ao Jubileu de Prata da Colônia Salvador Jardim, 1989, CECOM-URCAMP, 32 p.

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