domingo, 24 de junho de 2018

PEDRO SILVEIRA - "O TAURA DE BAGÉ"

Pedro Silveira - Foto acervo Daniela Martins


Pedro Silveira da Silva nasceu em Hulha Negra, no dia 29 de junho de 1941. Filho de José Soares da Silva e Anair Silveira da Silva. Ficou conhecido dentre outras razões, como o “Taura de Bagé”, pois, defendeu a música regionalista por toda a sua vida. Embora tenha recebido inúmeras oportunidades de deixar sua cidade, nunca abandonou sua terra natal.
Na década de 1960, foi um dos fundadores do CTG Cruzeiro do Sul, localizado no bairro Industrial. Nessa entidade, foi patrão em duas gestões e membro da patronagem durante muitos anos.
Durante o regime militar, caracterizado pela dura opressão à liberdade de expressão, Pedro Silveira conseguiu quebrar paradigmas pela originalidade de seus repentes, ficando conhecido como um dos grandes trovadores da época.
Iniciou como músico profissional, gravando em 1985 o LP “De Bagé para o Rio Grande” com o grupo Os Tchês".
Durante sua carreira, fez vários shows, alguns comunitários e muitos fora da cidade, inclusive, fora do Rio Grande do Sul, realizando turnês no Rio Janeiro, São Paulo e Brasília. Foi autor de várias músicas, com destaque para a melodia "Foi na venda comprar milho", pela qual ficou sendo muito conhecido. 
Em 30 anos de trabalho, compôs dezenas de músicas gravadas nos seguintes CDs: “O Taura de Bagé de Sul a Norte”, “Caminhos que se vão”, “Canta Bagé, canta”, “Milonga e Chamamé”, “Depois da lida”, “Sabiá cantor”, “Devagar nas pedras”, “Cordeona violão e canto”, “O Homem do Milho”, “No Bolicho do tio Bento”, “O mesmo taura”. E também produziu um DVD, com o título “Compondo e Cantando”.
  Além disso, foi radialista, mantendo por mais de dez anos um programa na Rádio Cultura, além de ter participado da Rádio Mania FM.
Uma das apresentações que mais marcou sua carreira foi a participação no programa “Viola Minha Viola”da TV Cultura, da folcloristaInezita Barroso.
Trabalhou durante muitos anos na antiga Cooperativa Industrial Regional de Carnes e Derivados (Cicade). Foi comerciante nos bairros Industrial e Passo das Pedras.
Morreu em 1º de fevereiro de 2017, aos 75 anos de idade, deixando a esposa Sônia Helena Martins da Silva, os filhos Marcelo e Daniela, e o neto Rafael, do qual muito se orgulhava.
Pelos relevantes serviços prestados ao tradicionalismo bageense, o Poder Público Municipal deu seu nome ao palco do Galpão de Eventos do Parque do Gaúcho em sua homenagem.

Fontes:
http://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/2017/02/02/morre-o-cantor-pedro-silveira-
https://issuu.com/jornalminuanobage/docs/20170202
http://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/2017/04/14/evento-tera-inauguracao-de-palco-no-parque-do-gaucho

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