domingo, 24 de junho de 2018

JORGE ROSA - O CANTOR DA HULHA NEGRA

Jorge Rosa - Foto acervo pessoal


Santo Jorge Soares Rosa, nasceu em 1 de junho de 1953, no corredor do Cemitério da Cruz, interior de Hulha Negra. Filho de Nadir dos Santos Rosa e Constantina Soares Rosa, sendo o caçula de quatro irmãos.
Seu pai foi peão campeiro e posteiro da Estância Recreio, de propriedade do Sr. Jaime Brasil. Nessa fazenda, Jorge foi criado e influenciado desde pequeno pelas cantigas do pai, que fazia suas músicas e trovas com uma gaita de oito baixos. Na época, os bailes na região se formavam nas residências das pessoas, nos ranchos e caseiros afora. E eram animados a som de gaita, violão e pandeiro, onde toda a família participava, desde crianças, até idosos.
Jorge, desde menino, corria pelos campos com seus cachorros, a pé e, às vezes, a cavalo, percorrendo os mondéos, caçando perdizes, cantando as músicas do Teixeirinha e Gildo de Freitas, que seu pai entoava e assim tomou gosto pela música tradicionalista e coisas rudes do pago.
Após concluiu o ensino primário no colégio da Serra da Hulha, (dos Ritta), onde teve seus primeiros ensinamentos com os professores Hugo Scoto e Maria de Lourdes.
Mais tarde, foi levado por Ulisses Hammes (que mais tarde viria ser seu cunhado) para continuar os estudos em Bagé no Colégio Instituto São Pedro de Educação e Assistência (Colégio Salesiano São Pedro), onde conclui o Ensino Médio.
Nesse tempo em que esteve morando e estudando em Bagé, sentia muita saudade e falta da campanha, dos seus pais, dos campos, dos seus animais de estimação (cachorro, cavalo e guachos) e de seus amigos de infância.
Quando completou dezoito anos voltou para a Hulha Negra, onde trabalhou na empresa Barbosa Mello, que fez o trecho de asfalto entre Bagé e Pinheiro Machado da BR-293.
Após trabalhou na Cooperativa Tritícola Assis Brasil e Frigorífico Santo Antônio, de José Gomes filho.
Em 1976, fundou o Grupo "Os Mensageiros", em Hulha Negra, com os seguintes componentes: Valdomiro Vidart, Getúlio Porto, Elicer Ramos e Sá Rodrigues.
Após, retornou a Bagé em 1978, para trabalhar em São Domingos, no Frigorífico do Montepio da Família Militar.
Em 1979, foi aprovado no concurso público para servidor civil do Ministério do Exército, onde atua até hoje, exercendo a função de encarregado do Pessoal Civil no Comando da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada.
Em 1980, foi um dos fundadores do Grupo “Sinfonia Pampeana” de Bagé.
Em 1983, ingressou no Conjunto Musical "Os Tchês" de Bagé e com este gravou em 1985 o 1º LP " De Bagé para o Rio Grande", que teve a participação especial do cantor Pedro Silveira da Silva, o “Taura de Bagé”.
Em 2011, após um tempo afastado da música tradicionalista, gravou seu primeiro CD solo, "Canto Minha Querência ", com letras contando histórias e costumes da sua terra natal, Hulha Negra.
Em 2017, gravou seu 2º CD solo, "Recuerdos", também com composições que relatam coisas da sua terra e suas experiências de vida.
Durante sua carreira realizou diversas apresentações em Bagé e várias outras cidades do interior gaúcho, com destaque para participações no programa Galpão Crioulo.
Também se apresentou em outros estados como São Paulo (Programa Som Brasil) e em Espírito Santo; e no exterior nas cidades de Vichadero e Rivera, Uruguai e Passo de Los Toros na Argentina.
Como compositor, tem dezenas de letras escritas, diversas delas participaram de festivais nativistas como: “Reponte da Canção” de São Lourenço do Sul, “Comparsa da Canção Nativa” de Pinheiro Machado e “Manancial da Canção Crioula” de Bagé.
Atualmente, além da carreia solo, ainda participa do Grupo Musical "os Tchês", animando fandangos.
É casado com Gilka Mara Brião Quadros Rosa, com a qual tem três filhos: Jorge Luís, Giliane e Tassiana.

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