Meus avós paternos: Josima Ritta Lopes e Apolinário Corrêa Lopes
Por décadas trabalhou na viação férrea
Sendo um funcionário exemplar
Onde logo depois veio a se aposentar
Com a plena convicção
Que através de seus pequenos serviços
Deu grande e valorosa contribuição
Era parceiro pra caçada e pescaria
Mas o que mais lhe dava agonia
Era ver um “rabo de saia” dando sopa
Chegava a se babar a boca
De tanta sede “das guria”
Andava sempre pilchado
Nunca colocou calça
Usava camisa, lenço e bombacha
E um gorro velho ajeitado
Para identificar sua raça
Caminhava sempre com as mãos pra trás
A despacito no mas
E quando lhe cumprimentavam
Do mesmo jeito de sempre saudava:
Era...
Faz vinte e cinco anos que te foste
Não me deixando nenhum bem material
A única coisa que herdei te ti, bagual
Foi uma boina velha rasgada
Mas quero que saibam
Meu velho avô Apolinário
Que me deixaste um legado centenário
Que por toda vida vou levar
Que é esta paixão pelo Rio Grande
Que sempre hei de amar
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