quarta-feira, 20 de junho de 2018

GAVIÃO QUIRIQUIRI

Gavião Quiriquiri - Foto acervo autor

Trata-se de um pequeno falcão encontrado desde o Alasca e norte do Canadá até o extremo sul da América do Sul. No Brasil, é avistado em quase todas as regiões. Pode ser achado em campos, pastagens e à beira de rodovias. Também conhecido como falcão-americano, falcão-quiriquiri, gavião-mirim, gavião-rapina e gaviãozinho.
Seu nome "quiriquiri" é uma onomatopéia de sua vocalização que repete várias vezes, "gli-gli-gli, i-i, i, i, i".
Mede entre 21 a 31 cm de comprimento e pesa cerca de 80 a 165 gramas. Apresenta acentuado dimorfismo sexual na plumagem, o macho é cinza-azulado no alto da cabeça e asa, enquanto as costas e a cauda são marrom-avermelhado, finamente estriadas de negro e uma faixa negra subterminal na cauda. As partes inferiores são brancas, com pontos negros no peito e barriga, mais densos nos lados do corpo. Possui um desenho de lágrima, negra, abaixo do olho e uma outra linha vertical no lado da cabeça. A fêmea tem as costas e asas marrom-avermelhadas, com as estrias negras finas, sem o cinza azulado do dorso do macho ou a faixa negra subterminal na cauda. As partes inferiores são de tom marrom-alaranjado claro, com riscos finos, verticais e negros, sem o padrão de pontos do macho. O desenho e cores da cabeça são idênticos. Os jovens são iguais aos adultos, já saem do ninho com a plumagem do sexo correspondente.
Alimenta-se principalmente de invertebrados, como besouros, libélulas e aranhas. Eventualmente, apanha pequenos vertebrados, como camundongos, cobras, morcegos e aves. Caça a partir de poleiros fixos, naturais ou artificiais (como os fios ao longo da estrada). Além de apanhar a presa a partir do poleiro, também costuma “peneirar” (voo no mesmo lugar). A presa é capturada e morta no solo, sendo carregada depois para o poleiro. Também remexe o solo de gramíneas, de onde ergue voo com pequenos artrópodes presos em seu bico.
Em épocas de revoadas de insetos, pode caçar saúvas, libélulas e cupins em voo.
Não constrói ninho, nidifica em ocos naturais ou artificiais, como cavidades em árvores, buracos feitos por pica-paus, estruturas em postes, edifícios e ninhos abandonados de outras aves. O local do ninho pode ser utilizado por vários anos consecutivos. Pode colocar até quatro ovos, que são brancos com pequenas manchas de coloração castanho-claro e marrom-avermelhado. Grande parte da incubação é realizada pela fêmea com período em torno de 27 a 30 dias. O macho é responsável pela caça, fornecendo alimento à fêmea durante a incubação e aos filhotes, que saem do ninho entre 29 e 31 dias após o nascimento, e continuam dependentes dos pais por várias semanas.
Também vive em áreas urbanas, rurais e outros ambientes. Em áreas urbanas é facilmente visto pousado sobre postes, margens de estradas, fios de eletricidade, antenas, tramas e mourões de cerca, de onde fica observando insetos e pequenos animais no solo. É bastante territorial, o casal pode realizar voos rasantes contra intrusos que passam nas proximidades de seu ninho, inclusive contra gaviões muito maiores.
Através da prática da falcoaria vem sendo adestrado para afugentar pombos em regiões industriais e outras aves que possam colidir com aviões em aeroportos como Pampulha e Confins (Belo Horizonte), Galeão (Rio de Janeiro), Salgado Filho (Porto Alegre), Eurico de Aguiar Salles (Vitória), Lauro Carneiro de Loyola (Joinville) e Val-de-Cans/Júlio Cezar Ribeiro (Belém).

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