sábado, 2 de novembro de 2019

PADRE JOSE MACKE




José Macke Filho nasceu em Rolante, em 29 de agosto de 1931. Filho primogênito de José Macke e Maria Kloppenburg, ambos nascidos na Alemanha. Mais tarde, a família mudou-se de Rolante para a Colônia do Rio Negro, atual Trigolândia, no interior de Hulha Negra. Nessa localidade, iniciou o primário na Escola Isolada 49, de 1939 a 1943, em um colégio comunitário que os colonos mantinham através da União Popular.
Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, a escola foi encampada pelo município de Bagé, atualmente uma escola estadual (Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Lucas de Oliveira).
Já na própria infância, nasceu no menino José a ideia de se tornar padre, o que ele atribui ao testemunhar os insistentes pedidos dos colonos junto ao bispo por uma assistência religiosa mais assídua, pois raramente um padre aparecia na colônia.
Assim sendo, concluindo o primário, com 12 anos de idade, foi encaminhado ao Seminário Menor de São Francisco de Paula, em Pelotas, em 1944, onde cursou em sete anos, o ginásio e o clássico (ensino fundamental e médio).
Em 1951, iniciou os cursos de nível superior, de filosofia e teologia. Estudou seis anos no Seminário Central de São Leopoldo e um ano, no Seminário Maior de Viamão.
Foi ordenado padre no dia 30 de novembro de 1957, na Matriz de São Sebastião, em Bagé, por Dom Antônio Zattera, bispo de Pelotas. Exerceu seu ministério em Pelotas (no Seminário Menor em 1958) e, em 1959, veio para a sua terra, Trigolândia, interior de Hulha Negra, onde foi o primeiro Pároco da Paróquia Cristo Rei, que também abrangia a área de Candiota, realizando missas nas igrejas das comunidades de Seival, Dario Lassance e Passo do Tigre. Para isso, utilizava o trem, onde embarcava na estação Rio Negro (Hulha Negra) e desembarcava nas estações de Santa Rosa, Dario Lassance e Candiota, Nessa última, quando não tinha um veículo para buscá-lo, cavalgava cerca de quatro quilômetros até a igreja do vilarejo do Passo do Tigre.
Mais tarde, exerceu forte liderança na primeira emancipação de Hulha Negra, quando foi o presidente da Comissão, mudando a sede da Paróquia para Hulha Negra, que passou a chamar-se Paróquia São José (1964). Também trabalhou em São Vicente do Sul, Cacequi, Lavras do Sul (onde recebeu o título de Cidadão Lavrense), Pinheiro Machado e no Bispado de Bagé, onde exerceu as funções de Secretário, Chanceler e Vigário Geral.
Escreveu o livro “Fé e Vida: Catecismo em Perguntas e Respostas” (Religião - 1996).
Foi colunista do Jornal “O Centenário” da cidade de Lavras do Sul.
Faleceu no dia 6 de abril de 2013, aos 81 anos e sete meses. Foi sepultado no Cemitério da Comunidade Cristo Rei, na Trigolândia, em Hulha Negra, no dia 07 de abril.
Padre José era caracterizado pela sua pontualidade, franqueza e correção de atitudes. Nele não havia meias palavras. Zeloso, pregava que a Igreja devia se preocupar com o Reino de Deus.

FONTES:
Jornal da Diocese de Bagé, Notas e registros, página 08,abril de 2013.
Jornal “O Centenário”, ano 1, número 1.

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