Cídio e esposa.
Cídio de Andrades Jacob nasceu no interior de Encruzilhada do Sul, no dia
1º de março de 1923, em plena Revolução Assisista. Filho de Ana Cecília Jacob
de Andrades e José Maria Barreto Andrades. Casou-se com Ilda Nunes de Andrades,
em 26 de julho de 1950, com a qual teve os filhos: Paulo Learci e Fátima Rozane.
Em novembro de 1960, veio para Candiota, provisoriamente para trabalhar na
construção das casas de madeira (chalés) em Dario Lassance, que abrigariam os
funcionários DACM (Departamento Autônomo de Carvão Mineral) oriundos de outras
cidades, principalmente os de Minas do Leão, que para cá foram transferidos.
Saiu definitivamente daquela Mina, onde trabalhava de Pedreiro, veio de
muda para Candiota em 11 de maio de 1961, ano da inauguração da Usina
Termelétrica Candiota I.
Na Capital Nacional do Carvão, começou a se reunir com Artur Schmit,
Floriano Kafski, Edson Lopes, Antônio Reis, Antônio Silva, Paulino e Antônio
Dworakowski, Alfeu Duarte e outros tantos para iniciar os trabalhos de uma
Comunidade Católica em Dario Lassance.
Inicialmente, as missas foram celebradas na Escola Isolada de Dario
Lassance (que funcionava onde hoje reside a Sr.ª Rosiane D’Avila da Cruz – Rua Ernesto
Dorneles, 415), pelo Padre José Macke, com aval da diretora da época.
Tempos depois, a escola foi elevada a estadual e transferida para o
atual endereço (Rua Ernesto Dorneles, 300), passando naturalmente a abrigar as cerimônias
religiosas, sendo ministradas primeiramente pelo Padre José Macke e após pelo
Monsenhor Pedro Wastowski.
Durante esse tempo, criou-se uma Comissão para a construção de uma
igreja.
Primeiramente, foi construído um salão comunitário de madeira, que
abrigava missas da igreja católica e eventos do CTG Os Maragatos. Após o patrão
da entidade, Arthur Schimit liderou um mutirão formado por Cidio e os senhores
Edson Lopes, Antônio Silva e Wilson Lopes com intuito de construir uma sede
nova de alvenaria para o Salão Comunitário. Entretanto, após levantar as
paredes, sobreveio uma tempestade à noite, que infelizmente colocou abaixo toda
a estrutura. A partir desse momento, o engenheiro da DACM Bayard,
sensibilizou-se com a situação e fez uma proposta para Cidio e companheiros:
que eles cedessem o material restante para a empresa, que esta se comprometia
em construir um novo prédio para a sede da igreja. E assim o templo foi
edificado na Praça de Dario Lassance e inaugurado no dia 07 de setembro de 1972,
sendo a primeira missa celebrada pelo saudoso Padre José Macke.
Nas quermesses da Igreja Nossa Senhora Conceição, foi um dos
responsáveis pela festa e, trabalhou muitos anos na organização dos churrascos
do evento.
Com a construção do Clube dos Funcionários da CRM (Sociedade Recreativa
Mina de Candiota) trabalhou em várias funções, desde Presidente até Diretor
Social.
Dentro da sede da entidade, foram construídas as pranchas de bolão,
quando ajudou a fundar o Grupo de Bolão 1º de Maio, que foi presidido
inicialmente por Alcides Fidêncio.
Fundou, em 1966, junto com Vilmar Gonçalves e outros, o CTG Os
Maragatos, que funcionava em um galpão de madeira na área do Salão da
Comunidade Católica de Dario Lassance.
Por questões políticas, o nome “Maragato” não pode ser mais usado pela
entidade tradicionalista. E um novo CTG foi construído em um terreno cedido
pela senhora Flabiana Mendes Chirivino, o qual levou o nome de seu falecido
esposo Luiz Chirivino. Seu primeiro patrão foi Ceserino Ferreira (Negro
Ferreira). Nesta entidade, participou de várias patronagens, tanto na primeira
sede e como também na segunda.
No esporte trabalhou na diretoria do extinto Esporte Clube Fortaleza,
primeiro time de futebol de Dario Lassance e ajudou a fundar o Atlético Mineiro
Futebol Clube, de quem foi diretor de esportes.
Na década de 1990, trabalhou ativamente na Comissão Pró-Emancipação de
Candiota, na função de Conselheiro.
Por vários anos participou do Grupo da Melhor Idade “SABER VIVER”.
Faleceu em 21 de julho de 2014, deixando os filhos e os netos: Pablo e
Giordano.
Pelos seus relevantes serviços prestados a comunidade candiotense, em
2017, seu nome foi imortalizado em rua do Residencial Candiota, em Dario
Lassance, através de um projeto de lei de autoria do vereador Fabrício Moraes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário