A semana farroupilha é um período do ano onde todos nós nos reunimos para comemorar os grandes feitos de nossos antepassados que lutaram com muita garra e valentia contra o império, que por sua vez era muito mais preparado, tanto em contigente de homens, quanto em força de fogo. Nossos combatentes eram formados por peões de estâncias, tropeiros, changueiros etc... que na maioria das vezes, eram chefiados por estancieiros ou por tauras de grande aptidão militar.
Nossa logística era fraquíssima, que nem uniforme tínhamos, peleávamos com os mesmos trapos por várias e várias batalhas. Mesmo assim com todas essas dificuldades, passando fome e frio, “fedidos e mal pagos”, não deixaram de lutar sequer uma vez, nesses 10 anos de guerra sangrenta para defender com unhas e dentes nosso amado pago.
Não ganharam a guerra, mas nos deixaram a lição: que gaúcho que é gaúcho deve defender seu chão abaixo de mau tempo, custe o que custar, que nosso estado é singular e somos sim um povo diferenciado, pois o rio grande é nossa pátria e o amamos acima de tudo.
Devemos manter essa chama sempre acessa e de levá-la a diante. Por isso peço para todos os pais que incentivem seus filhos a cultivar as nossas tradições e costumes, que não os deixem se influenciar pelos modismos que a televisão faz questão de espalhar, pois isso é que nem onda de mar, que vem e passa, mas nosso chama farrapa não, corre firme forte em nossas veias como as águas de nossos rios e embora o mundo se acabe nosso legado permanecerá por toda a eternidade.
Publicado na Coluna Livre do Jornal A 1ª FOLHA, Página 03, de 13 a 14 de Setembro de 2008.
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