No século XVIII, o Brasil foi marcado pela disputas de territórios entre Portugueses e espanhóis, e o RGS literalmente foi divido ao meio, onde traçou-se uma linha divisória começava nas missões e terminava no meio da campanha. Nessa época, nossa terra era somente habitada por índios. E a coroa espanhola sabendo da imensidão de terra que possuíamos, resolveu enviar pessoas dispostas a explorar-la. Só tiveram dificuldade de encontrar candidatos de fundamento (nobres) que se habilitassem a aceitar essa “indiada”. Pois não iam deixar de desfrutar das suas riquezas e posses em seu país, para se aventurar em um país em período de colonização. Então, não tendo mais nenhuma alternativa, resolveram então desafogar as prisões e mandar aqueles que tinham de pior por lá, ou seja: Ladrões, assassinos, piratas, contrabandistas e prostistutas. E essas figuras, nos anos que povoram nossa região, por incrível que pareça, tiveram grande importância na história, Pois através de seu cruzamento com os índios(charruas, guenoas, guaranis), criaram uma raça impar em todo mundo: “O gaúcho”. Que através das rudezas que enfrentava, se consolidou forte, terrunho, aldaz, destemido e valente. Nós gaúchos somos sim, um povo diferenciado do resto do país, pois temos sangue espanhol correndo em nossas veias, como dizem os versos de Don Noel: “Temos raça e procedência, caderno de pedigree”. Tenho muito orgulho de nossa história e ter nascido gaúcho e se for preciso morro pelo meu estado, pois o rio grande é minha pátria é minha querência e a amo acima de tudo. Pena que, a grande maioria dos gaúchos não pensa assim, pois se deixou influenciar por modismos estrangeiros e pouco a pouco perdeu sua identidade, esquecendo de suas raízes, costumes e tradições. Para vocês terem uma idéia, nossos estados vizinhos do Paraná e Santa Catarina, cultivam muito mais as nossas tradições do que nós. Nesses estados, os CTGs estão super ativos e não falta festa campeira para se ir. Bem diferente daqui do Rio Grande, pois da para contar nos dedos os CTGs que estão em atividade, pois a grande maioria esta falida e quase fechando as portas. E as festas campeiras nem se fala, estão quase extintas. É... caros leitores, infelizmente isso tudo realidade e a mais pura verdade é que: o Rio Grande não é mais o mesmo, somos ainda de uma raça impar, porem diferenciados há muito tempo deixamos de ser.
Publicado na Coluna Livre do Jornal A 1ª FOLHA, Página 03, de 13 a 15 de dezembro de 2008.
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