Por mais ou menos quatro meses fui vaqueano da equipe do Rastro Selvagem pelo interior de Candiota. Durante esse tempo foram realizadas as seguintes incursões:
1 - Expedição Passo do Tigre, em 17/11/2012;
2 - Expedição Nascente do Arroio Jaguarão, em 29/12/2012;
3 - Expedição Estação Ferroviária Candiota e Passo do Marmeleiro, em 20/01/2013.
Os trabalhos de campo consistiam em fotografar e filmar não só a vida selvagem da Capital Nacional do Carvão, mas também em registrar os acidentes naturais de destaque e os pontos históricos de relativa importância. Em meio a tudo isso, tivemos a oportunidade de flagrar momentos da lida campeira, tais como :
- Transporte de tropa estrada a fora,
- Banho de gado;
- Cura de bicheiras em terneiros novos pealados a laço;
- Cuscos que trabalhavam incessavelmente para conduzir o gado pelos campos até a mangueira de pedra, alguns usando as brechas do brete para dar um cutucão na rês que as vezes empacava e dar o empurrão necessário para essa mergulhar no banheiro.
- A raríssima cena onde o cachorro ovelheiro que subia nas largas paredes da mangueira, visando guarnecer a porteira e garantir que nenhuma vaca dali escapasse.
- Os constantes banhos que a cuscada tomava no açude ao lado da mangueira, visando se refrescar do calor escaldante;
Expedição Estação Ferroviária Candiota e Passo do Marmeleiro
Findada as expedições, a equipe, composta por João da Luz, Gustavo Arruda, Pablo Ribeiro e Gustavo Fonseca trabalhou com todo esmero visando "filtrar" todos materiais garimpados por meses para incluí-lo num vídeo de quase trinta minutos. Tarefa difícil, mas não impossível de ser concretizada.
Após vários trabalhos de divulgação através dos jornais da região, enfim chegou o dia da exposição ao público do documentário, que aconteceu no dia 10 de junho do corrente ano no CTG Candeeiro Do Pago. Através da ajuda da Prefeitura de Candiota se fizeram presentes vários alunos das escolas do município e universitários de pelotas, além do público da cidade.
Depois de breves discursos de algumas autoridades presentes e apresentações artísticas, o vídeo foi então rodado e mesmo antes de aparecer os créditos, o público aplaudiu de pé, com extremo frenesi o material apresentado.
Bueno, queria aqui frisar que durante o tempo que convivi o Rastro Selvagem aprendi a ter um olhar mais sensível para as coisas da natureza que outrora passavam desapercebidas. Hoje, procuro atentar aos mínimos detalhes da vida selvagem, seja ela o tamanho que for. E dentre uma virtudes da equipe, destaco a humildade, fator que influência e muito na aproximação das pessoas.
O Rastro Selvagem é uma empresa relativamente jovem, falando numa linguagem empresarial, mas a medida que o tempo passa, o know how vai aumentando, fazendo com que a equipe evolua a cada trabalho realizado, ganhando assim credibilidade, chave importantíssima para se obter o sucesso.
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