No final do século XIX,
início do século XX, Bagé detinha junto com outras cidades da Campanha Gaúcha,
a hegemonia política e econômica do Rio Grande do Sul. Uma comprovação concreta
disso são os casarões aqui edificados. Grande parte desses, projetados e
construídos por construtores Italianos e espanhóis. Dependendo das condições do
proprietário, o estilo podia variar desde o mais simples até o mais requintado.
Após as revoluções de 1893 e 1923 aqui travadas, Bagé e região sofreram danos
irreparáveis, perdendo assim sua condição política-econômica para a metade
norte do estado. Buscando novos horizontes, muitos Bageenses migraram para essa
região e para outros estados. Esse fator somado a outros culminou com o
presente abandono dos casarões. E essa situação cada vez mais vem piorando,
isso se pode constatar dia após dia ao dar um breve passeio pelo centro de
Bagé: Se os casarões não estão em ruínas, estão abandonados, praticamente taperas.
E quando menos se espera, estão sendo demolidos. A questão cultural pesa muito
nessas horas, para muitos é muito mais fácil abandonar do que conservar. Não
param para analisar, que esses prédios antigos, são a marca registrada de um
tempo que infelizmente não volta mais. Que esses locais além da beleza
arquitetônica, guardam várias histórias de vidas que ali viviam ou trabalhavam.
Bagé acabou de completar 200 anos, e está mais do que na hora, das pessoas se
unirem, visando criar soluções para combater esta triste realidade. Pois se não
agirmos em breve, corremos o risco de num futuro próximo, perder muitos desses casarões
antigos, que são sem dúvida de fato, uma das marcas registradas de nossa cidade.
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