Estância Santa Úrsula - Parada Pons
A conhecida
“Parada Pons” encontra-se distante de Bagé 26 km, em território pedritense.
A sua origem
vem do imigrante espanhol Martin Pons. Adquiriu ele uma pequena fração de
campo, de uns 20 hectares, onde construiu um rancho de torrão. Ali inicia sua
família na beira do caminho que une Lavras do Sul a Bagé. Devido à localização tornou-se
parada de carretas que transportavam gêneros alimentícios, madeira, carvão,
batata doce, arames e outras mercadorias. Também naquele local paravam as
diligencias que faziam o transporte de passageiros. Como “parada”, fornecia
alimentação e pousada para os viajantes.
Mais tarde foi
construída uma casa mais próxima da estrada, e, Martin B. Pons na esquina da
casa instalou um armazém. Sua esposa Maria Ana Borrel, era quem tomava conta do
negócio, vendendo tecidos e objetos de armarinho. Já com algum capital
economizado, ele compra as carretas e bois com todas as mercadorias. Tem-se
noticia que chegou a invernar 400 bois de tração.
Antigo Armazém-Parada Pons
Com muito
trabalho educa seus filhos. Alguns tomam destinos diferentes, mas o primogênito
Martim Pons Filho assume seus negócios. Com muita vocação para o comercio,
constrói ele um armazém mais distante da casa da família.
Algum tempo
depois, doa uma área para instalação da “Estação Pons”. Com o sucesso de seus
empreendimentos adquire muitas outras áreas de campo, onde entre elas está
situada a Estância Retiro. Nessa região chegou a reunir em torno de 10 mil
hectares. Com o passar do tempo às subdivisões e as heranças fizeram com que a
área atual se encontre com cinco mil hectares.
Com sua morte
passa às mãos de seu neto Martim de Macedo Pons, que dá seqüência à atividade
pecuária, desfazendo, porém, o armazém o qual foi a origem do negócio anterior.
Nas redondezas adquiriu outras estâncias entre elas a Estância “Mimosa”, hoje
“São Martim”. De Martim de Macedo Pons passam as terras para Dirceu dos Santos Pons.
Foi Dirceu grande apaixonado pela raça de cavalos Crioulos, dedicando-se com
muito interesse ao criatório. É de sua autoria o livro “Cavalo Crioulo –
História de uma raça”.
A “Parada
Pons” chegou a receber a denominação de Estância “Santa Úrsula”, nome da mãe de
seu “Zizinho”, mas o estabelecimento continuou conhecido sempre pelo nome
primeiro. A propriedade atualmente é administrada por Fernando Dornelles Pons,
quinta geração da família e casado com Lúcia Mascarenhas Pons. O casal possuiu
trisavô comum: Martin B. Ponz. São pais de:
- Fernanda,
casada com Custódio Moreira Magalhães, cujos filhos são Sophia, Artur e Pedro,
constituindo a sétima geração.
- Cristiana.
A estância
dedica-se à criação de Aberdeen-Angus e cavalos Crioulos. Na agricultura
pratica o plantio de sorgo, soja, milho e aveia.
Hoje a
estância “linda” com:
- ao norte com
Celi Borges Severo e Nazário Amor Lorenzo;
- a leste com
Jovir Perondi e Galvão Caminha;
- ao sul com
Aluízio Sá Vieira e Sucessão Darcy Nogueira;
- ao oeste com
Sucessão Vicente Macedo Saraiva.
FONTE:
FONTE:
FONTES,
Carlos; VIEIRA, Yara Maria Botelho. "As Estâncias Contam a
História", Santa Maria, Pallotti,
2005. 216p.
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