quarta-feira, 4 de julho de 2012

O VERDADEIRO PAI NÃO É O QUE FEZ E SIM QUEM CUIDA


Recentemente o Prefeito de Bagé e o atual Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, concederam entrevista a TV Câmara de Bagé. Vários assuntos foram abordados, mas um em especifico me chamou a atenção: A estiagem que nossa cidade enfrenta. Em determinado momento da fala do Prefeito, o mesmo disse que um dos fatores que prejudica a instalação de novas indústrias é, justamente, a falta d’agua. Isto claramente é injustificável, pois não foi impedimento ou empecilho para que uma montadora de ônibus e carrocerias uruguaia viesse aqui investir. Nos primórdios, vários fatores impediram que aqui ocorresse a revolução industrial, podendo destacar o estabelecimento da faixa de fronteira por dispositivo constitucional, considerando a faixa de 150 quilômetros a partir de qualquer ponto das fronteiras com o Uruguai e a Argentina, como área onde não se podiam estabelecer indústrias significativas. Entretanto, em nossos dias, o que realmente pesou e, ainda pesa, nesse processo é pura vaidade: “A ferrenha disputa de quem vai ser o pai da criança”, ou seja, quem vai trazer o investidor. Isto ocorreu na gestão anterior, onde várias empresas aqui não se instalaram porque não foi o “olhos azuis” quem estava a frente das negociações. E, nessa guerra entre titãs, quem sai perdendo é o povo bageense. A propósito, como bem destacou o atual prefeito no decorrer de sua entrevista, o problema da estiagem é antigo, data desde o inicio do século passado. Muitos salientam que na década de 1950 já havia racionamento em nossa cidade e outros destacam que a barragem da Sanga Rasa foi construída, na época, com a promessa de acabar com esse problema. O que infelizmente aconteceu só por um momento. Atualmente, essa triste realidade insiste em permanecer e, pensando em dar um basta nessa situação, a Barragem da Arvorezinha foi por “olhos azuis” planejada e, parcialmente, executada por seu sucessor. Entretanto, se estes não abrirem os olhos e não concluírem a obra ainda nesse ano, correm o grande risco de não serem reconhecidos como os pais da criança, pois, afinal de contas, o verdadeiro pai não é o que faz e sim quem cuida. 

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