Entra ano e sai ano e o MST continua com suas formas arcaicas de reivindicações, causando grandes transtornos a sociedade em geral. Ontem a o movimento ocupou a sede do CESA, como intuído de pressionar o governo estadual a dar-lhe o devido suporte em relação aos danos causados pela estiagem nos assentamentos. Em entrevista o coordenador do movimento salientou: “Nós desenvolvemos a região, depois dos assentamentos a economia avançou muito”. Na teoria é uma coisa, na prática a situação é bem diferente. Tomando por base o município de Candiota, dos seus 27 assentamentos, grande parte localiza-se no 5º Distrito de Jaguarão Grande, apenas três destes são produtivos, o restante na sua grande maioria, desde o Passo dos Netto, até o Passo dos Carros são improdutivos. Isso se pode constatar por qualquer pessoa que passar pela região. Pois boa parte dos lotes se não estão arrendados, estão abandonados, pois seus proprietários migraram para cidade, principalmente para Dario Lassance, para invadir terrenos públicos para construir suas residências, ou simplesmente revendê-los. Outros assentados dos municípios fronteiros a Candiota, vendo a possibilidade de ganharem seu quinhão, vieram de mala e cuia e aqui se instalaram, no local conhecido hoje como Areal e incharam mais ainda o perímetro urbano de Dario Lassance. Sem falar nos lotes que foram vendidos a terceiros, principalmente para funcionários ou aposentados de uma empresa publica do município.
Então caros leitores, essa triste realidade mostra-nos que não só Candiota, bem como a maioria dos municípios da região que possuem assentamentos, a economia realmente mudou, mas para pior, ou seja, regrediu, levando-nos a concluir que a Reforma Agrária na região nada mais é que a Tragédia da Utopia.