quarta-feira, 4 de julho de 2012

ACIDENTE NA TRAVESSIA DO PAREDÃO


 Paredão - Local não possui as mínimas condições de segurança e trafegabilidade

No dia 28 de março, o Jornal Folha do Sul publicou a referente matéria: “Moradores da Estrela D’Alva querem segurança para utilizar o Paredão”
Nela constava o alerta do presidente do Bairro Estrela D'Alva, Flávio Tadeu Valério, sobre as condições do Paredão. Destacando também, que o local é a principal travessia utilizada pelos moradores do bairro que se deslocam até o centro da cidade e justificando que a outra alternativa seria a Ponte Alta, entretanto esse caminho é considerado por muitos "contramão" e perigoso, uma vez que,  assaltos ali acontecem com freqüência. Na época Valério, salientou que no local não há qualquer tipo de segurança, mas, de fato, tratava-se do melhor atalho entre bairro e centro. Além disso, salientou que a melhoria do Paredão é desejo de toda a população do Estrela D'Alva. Ainda que a estrutura não pudesse ser alterada, mas, pelo menos, a garantia de segurança poderia ser oferecida pelo governo municipal. Entre as sugestões estava a colocação de uma proteção da escada de acesso ao local – escada que só existe porque foi construída por moradores há algumas décadas-, e também limpeza de um matagal próximo, que conforme alguns relatos, as equipes da prefeitura não apareciam no local para realização da limpeza dos entornos do arroio havia mais de um ano. Outro pedido foi a pela colocação de terra nos dois acessos ao paredão de concreto, pois ali existiam verdadeiras crateras onde cidadãos de todas as idades se arriscam diariamente em atravessar. 

                                   Paredão: Local do acidente(degraus)
Passados quase três meses, no dia 21 de Junho, o inesperado aconteceu: Daniela Arrojo Linhares, 32 anos, atendente de laboratório, ao sair do seu trabalho, cortou caminho pelo paredão e logo no inicio, tropeçou num dos degraus e despencou para o lado direito da estrutura, de uma altura de mais de 3 metros, chocando-se nas rochas. Por milagre, Danila conseguiu recompor-se e saiu do local. Vinha passando uma senhora, que lhe ajudou e telefonou para seu esposo, este acionou a SAMU, que em questão de poucos minutos, socorreu Daniela e a transportou para o Hospital da Santa Casa. Lá foi atendida por um Clinico Geral e após uma serie de exames de Raio-X foi constatado a ruptura de três ossos do cóccix. Após alguns dias internada, sofrendo fortes dores no lado direito do corpo e devido a isso, podendo somente deitar com o lado oposto, Daniela enfim teve alta e foi então liberada.

                                Daniela e Sogra Dalmira Silveira Caetano

Esse triste episódio poderia ter acontecido com qualquer pessoa e serve mais uma vez de alerta ao poder Público Municipal para que tome as devidas providencias para sanar os problemas encontrados naquele local. Pois se não agirem o mais depressa possível e não executarem ações concretas outras vidas estarão correndo em risco.

O VERDADEIRO PAI NÃO É O QUE FEZ E SIM QUEM CUIDA


Recentemente o Prefeito de Bagé e o atual Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, concederam entrevista a TV Câmara de Bagé. Vários assuntos foram abordados, mas um em especifico me chamou a atenção: A estiagem que nossa cidade enfrenta. Em determinado momento da fala do Prefeito, o mesmo disse que um dos fatores que prejudica a instalação de novas indústrias é, justamente, a falta d’agua. Isto claramente é injustificável, pois não foi impedimento ou empecilho para que uma montadora de ônibus e carrocerias uruguaia viesse aqui investir. Nos primórdios, vários fatores impediram que aqui ocorresse a revolução industrial, podendo destacar o estabelecimento da faixa de fronteira por dispositivo constitucional, considerando a faixa de 150 quilômetros a partir de qualquer ponto das fronteiras com o Uruguai e a Argentina, como área onde não se podiam estabelecer indústrias significativas. Entretanto, em nossos dias, o que realmente pesou e, ainda pesa, nesse processo é pura vaidade: “A ferrenha disputa de quem vai ser o pai da criança”, ou seja, quem vai trazer o investidor. Isto ocorreu na gestão anterior, onde várias empresas aqui não se instalaram porque não foi o “olhos azuis” quem estava a frente das negociações. E, nessa guerra entre titãs, quem sai perdendo é o povo bageense. A propósito, como bem destacou o atual prefeito no decorrer de sua entrevista, o problema da estiagem é antigo, data desde o inicio do século passado. Muitos salientam que na década de 1950 já havia racionamento em nossa cidade e outros destacam que a barragem da Sanga Rasa foi construída, na época, com a promessa de acabar com esse problema. O que infelizmente aconteceu só por um momento. Atualmente, essa triste realidade insiste em permanecer e, pensando em dar um basta nessa situação, a Barragem da Arvorezinha foi por “olhos azuis” planejada e, parcialmente, executada por seu sucessor. Entretanto, se estes não abrirem os olhos e não concluírem a obra ainda nesse ano, correm o grande risco de não serem reconhecidos como os pais da criança, pois, afinal de contas, o verdadeiro pai não é o que faz e sim quem cuida.